terça-feira, 19 de março de 2019

Equinócio de Primavera

Quinta-Feira dia 21 de Março - 18h20 Largo das Caldas 

Equinócio de Primavera
E como já tem acontecido os outros anos, vamos ver o Por-do-Sol.
O Primeiro dia de Primavera, e o dia em que o Sol desaparece a Oeste e a noite é igual ao dia.
Hora do Por do Sol: 18h47
Apareça!

"Por do Sol no Oeste"
(tempo de subida, ver o por do Sol e descida: 45 minutos)

sábado, 9 de março de 2019

Espaço Verde

Numa altura em que se valoriza a criação de espaços verdes e a sua protecção, a zona envolvente ao monte das Caldas, monte de São Filipe, área circundante ao Mosteiro de Tibães e o "monte de Padim da Graça", representam um espaço verde muito grande e com responsabilidade por uma melhor qualidade do ar, na própria cidade de Braga. Pode-se falar de Qualidade do ar, mas amenizar os dias quentes de Verão é também uma função destes montes.
Os ventos predominantes em Braga, são os que vêm de Oeste - do lado do mar, sendo que pelo caminho atravessam toda esta zona verde, deslocando assim o Ar mais puro e fresco resultado da função principal da floresta, ou no caso, dos montes e serras do Norte de Portugal.
Braga tem sentido temperaturas muito elevadas em dias de Verão, havendo mesmo registos de grande amplitudes térmicas entre o centro da cidade e a periferia. A orografia e relevo da cidade proporcionam estas sensações térmicas que por vezes ainda são agravadas pelos incêndios florestais.
Parte destes montes estão abandonados ou sem qualquer gestão florestal, com a excepção de alguma recolha de madeira resultante das espécies introduzidas há muitas dezenas de anos. O eucalipto, o pinheiro, e as outras espécies crescem normalmente e só são controlados ou por incêndios ou por alguma recolha esporádica.
O Estado obriga a uma limpeza de terrenos e de uma forma coerciva os proprietários têm feito algum esforço de limpar algumas zonas destes montes. Com a dúvida e a multa sempre presentes as limpezas e desmatação são quase totais, ficando apenas sobreiros ao alto.


Como não há uma utilização florestal do espaço, nem uma gestão florestal mínima, a riqueza produzida por estes montes, não cobre os custos desta desflorestação anual, onerando cada vez mais os donos.
Há algumas dezenas de anos a agricultura de subsistência mantinha esta limpeza natural dos montes, e já na altura não era viável em termos de criação de riqueza, pois a evolução do país nunca esteve assente na agricultura e criação de gado. Na actualidade não seriam os resultados muito diferentes, mas um rebanho de cabras e um pastor apoiados pelo mesmo Estado central, ficariam bem mais baratos que os espectaculares meios de combate aos incêndios que desfilam pelo ar e nas pontas das mangueiras de incêndio.
As autarquias já têm algum papel interventivo nesta preservação local, mas o caminho ainda está no início. O impacto imediato é sempre maior quando se fala: -em um grande parque urbano ou jardim e quando se gasta muitos recursos financeiros nestas obras. Pelo contrario o investimento nos grandes espaços verdes, que são as serras e montes é quase inexistente, mas será melhor pois somos cada vez mais pessoas a utilizar estes espaços!

Carlos Araújo